Uma semana formada por quatro dias de trabalho e três de folga. Essa é a realidade para 21 empresas brasileiras que participam de um experimento que dá aos trabalhadores o direito de atuarem com a carga horária reduzida, mas ganhando o mesmo salário.
Foram três meses de preparação até o estudo entrar para a fase de testes, que começou em janeiro deste ano. De lá para cá, melhorias no comportamento e na produtividade dos funcionários são algumas das primeiras impressões das empresas participantes.
O projeto piloto foi desenvolvido pela “4 Day Week Brazil”, em parceria no Brasil da “4 Day Week Global”, uma organização sem fins lucrativos que faz pesquisas sobre trabalho ao redor do mundo. A iniciativa começou em 2019, na Nova Zelândia, e ganhou força na pandemia.
No Brasil, 22 empresas e cerca de 280 colaboradores iniciaram o piloto. No entanto, uma das organizações acabou desistindo após um mês do piloto.
Após três meses de testes, a pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com o Boston College analisou como tem sido a nova jornada de trabalho.
O balanço parcial constatou que 61.5% das companhias notaram avanço na execução de projetos, e, em 58.5%, se obteve mais criatividade na realização das atividades.
As melhorias também foram sentidas fora do ambiente de trabalho. Cerca de 58% dos funcionários beneficiados afirmam que passaram a conciliar melhor a vida pessoal e a profissional após o projeto.
A pesquisa revelou ainda um aumento de 78% na disposição para momentos de lazer e redução. Além disso, 50% reduziram os sintomas de insônia, 62,7% o estresse no trabalho e 64,9% não se sentem desgastados no final do dia. Outros 56,5% não estão frustrados como antigamente. (G1)
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