O governo zerou a tarifa de importação de três tipos de arroz nesta segunda-feira, para evitar o aumento de preço do alimento, que teve sua produção comprometida pelas enchentes no Rio Grande do Sul, responsável por cerca de 70% da produção nacional.
A medida foi aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), durante reunião extraordinária realizada remotamente nesta segunda.
— Ao zerar as tarifas, buscamos evitar problemas de desabastecimento ou de aumento do preço do produto no Brasil, por causa da redução de oferta — afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.
A redução a zero das tarifas passa a valer a partir da publicação da medida no Diário Oficial da União e vale até 31 de dezembro deste ano. A Secretaria de Comércio Exterior do MDIC (Secex) pode prolongar o período de vigência ,caso avalie necessário.
Zerar as importações faz parte de um movimento do governo para evitar o aumento de preços do arroz no Brasil. O Executivo pretende importar até 1 tonelada do cereal para abastecer o mercado e assegurar para o consumidor final o preço de R$ 20 para o pacote de 5 quilos de arroz, na importação do produto.
A maior parte das importações de arroz atualmente são de países do Mercosul, onde já há a vantagem da isenção tributária. Nessa primeira fase de importação serão comprados 100 mil toneladas de arroz, descascado e empacotado de países do bloco econômico.
Para atingir a meta estipulada de um milhão de toneladas, o governo deve procurar outros mercados como Tailândia e Vietnã, já que a produção de países do Mercosul não é capaz de atender a demanda. Em 2024, até abril, as compras de arroz da Tailândia já representam 18,2% do total importado
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