Há uma “grande tendência” que a bandeira vermelha ou amarela ser mantida até o fim de 2024. A afirmação foi feita pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa. A cobrança extra na conta de luz acontece por conta da seca severa que atinge as usinas hidrelétricas e aumenta o preço da produção de energia.
O cenário de escassez hídrica que impacta o setor das hidrelétricas obriga que uma parte da energia seja fornecida por usinas termelétricas, que são mais caras e mais poluentes. Neste mês de setembro foi acionada a bandeira vermelha patamar 1, que adiciona 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumido.
“Aquela bandeira que é acionada, é acionada para fazer frente ao custo que vem. Então, se a bandeira vem vermelha, nós vamos sinalizar a necessidade de arrecadar um recurso tal para fazer jus àquele custo”, explicou Sandoval, nesta quarta-feira (18/9), durante o Seminário Nacional dos Consumidores de Energia, em Brasília.
O diretor disse que, comparada à grande crise de 2021, a situação atual do sistema hidrelétrico ainda não é tão grave. Entretanto, o cenário pede cautela. E destacou que é preciso esperar para ver o quão quente serão os próximos meses e como será o regime de chuvas no próximo período úmido. Segundo ele, isso definirá o quão sobrecarregado o sistema estará no ano que vem.
“Perspectivamente, parece mais grave na questão climática, mas, sob ponto de vista quantitativo e qualitativo, o setor elétrico está muito melhor do que 2021. Temos um crescimento muito grande da geração distribuída, temos mais abundância de geração, um maior crescimento das fontes renováveis, uma maior observabilidade do setor elétrico e o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) possui mais ferramentas para operar a rede.” (Por Juliana Sousa-Correio Braziliense/Foto: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Visitas: 21745198
Usuários Online: 1