O salário mínimo de 2022 deverá ser de R$ 1.213,9 se o governo considerar a inflação registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020 e em 2021.
O valor do mínimo divulgado até o momento é de R$ 1.212. É uma alta de R$ 112 em relação aos R$ 1.100 pagos em 2021. O Ministério da Economia considerou para o reajuste uma inflação, medida Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 10,02% mais um retroativo que não foi utilizado para ajustar o salário do ano passado. Somados, dá um aumento percentual de 10,18%, o maior em 6 anos.
Só que o INPC acelerou na reta final de 2021 e veio acima do esperado: 10,16%, acima dos 5,45% registrados em 2020. Isso sem o retroativo de R$ 1,95 (que dá R$ 2,15 reajustado pela inflação).
Agora, o governo de Jair Bolsonaro terá de decidir se irá atualizar o mínimo a ser pago aos trabalhadores nas próximas semanas.
Se, por um lado, o aumento do salário mínimo ajusta o poder de compra do trabalhador, por outro, aperta o Orçamento do governo.
Para cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, as despesas com benefícios previdenciários elevam cerca de R$ 364,8 milhões. Ou seja, a alta de R$ 112 divulgada até o momento terá um custo de R$ 41 bilhões aos cofres públicos.
Uma alta acima do previsto (para R$ 1.213,9) iria somar aos cofres públicos uma despesa de mais de R$ 700 milhões.
A Constituição determina que o salário mínimo deve garantir a manutenção do poder de compra do trabalhador. Por isso, o governo corrige o valor pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Essa medida é utilizada desde 2020.
De 2007 a 2019, o piso nacional teve aumento real. Ou seja, acima da inflação – sempre que houvesse crescimento econômico. A fórmula de cálculo considerava a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, mais o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2 anos antes
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