O número de beneficiários do programa Auxílio Brasil é maior que o de empregos com carteira assinada (o que exclui setor público) em 12 das 27 Unidades da Federação. Os dados consideram os 41 milhões de trabalhadores formais que têm a carteira de trabalho assinada. Há, no entanto, um contingente grande de trabalhadores informais e/ou sem carteira assinada.
Um estudo recente do FGV Ibre mostra que o número de pessoas que trabalham por conta própria (portanto, sem carteira) chegou a 25,9 milhões no 4º trimestre de 2021.
O levantamento com dados de fevereiro de 2022 (os mais recentes até agora para o emprego) mostra que todos os Estados onde o número de beneficiários do Auxílio Brasil supera o de empregados com carteira estão nas regiões Norte e Nordeste.
O Rio Grande do Norte é o único nordestino que registra mais empregos formais com carteira do que beneficiários do Auxílio Brasil – mas a diferença é mínima: 437.717 potiguares recebem o benefício e há 438.871 empregos com carteira assinada no Estado.
O Nordeste é a região onde Bolsonaro tem o pior desempenho nas pesquisas de intenção de votos. A região também deve ser a mais beneficiada por outras medidas do Renda e Oportunidade, pacote social de R$ 165 bilhões que o governo lançou neste ano.
Mais benefícios
Antes da pandemia, eram 8 Estados com mais benefícios do que empregos formais. O número subiu para 10 Unidades da Federação em 2020 e, com o novo Auxílio Brasil, foi a 12.
Ao considerar o Brasil inteiro, houve aumento na proporção de benefícios em relação ao emprego formal. Em fevereiro de 2022, eram 18 milhões de beneficiários do Bolsa Família e 41 milhões de empregados com carteira de trabalho. O número de benefícios do Auxílio Brasil chegou ao inédito patamar de 44% dos empregos formais com carteira.
A alta se deu a partir da inclusão de 2,7 milhões de famílias no Auxílio Brasil em janeiro. Isso fez com que os benefícios chegassem ao maior percentual dos trabalhos com carteira da história
Poder360
Visitas: 21746868
Usuários Online: 1