Criminosos na internet têm se aproveitado cada vez mais de pessoas desempregadas e em busca de oportunidades no mercado de trabalho para aplicar golpes de vagas de emprego. A Psafe, empresa especializada em segurança digital, divulgou que de janeiro a abril deste ano, mais de 220 mil mensagens oferecendo vagas de emprego falsas foram compartilhadas no país.
Os golpes são geralmente aplicados por e-mail, WhatsApp e SMS. Os bandidos usam nomes de empresas consolidadas no mercado e fazem propostas com salários extremamente atrativos. As vagas são divulgadas através de links, onde o usuário precisa responder uma pesquisa, com perguntas aleatórias, para concluir o cadastro. Respondendo as perguntas, a vítima pode ser induzida a informar dados pessoais, bancários e senhas
O advogado criminalista Daniel Lima afirmou que os "estelionatários se aproveitam da situação de crise econômica vivida pela população, para oferecer falsas vagas de emprego e roubar dados pessoais das vítimas”.
Para não cair nesse tipo de golpe, o jurista alerta que os usuários devem ficar atentos à propostas que pedem dados pessoais. "Não é comum esse tipo de exigência em processos seletivos. Nesses casos, o candidato deve conferir a veracidade da vaga entrando em contato com os responsáveis ou acessando os canais oficiais da empresa", aconselha.
Se denunciado, o golpista pode ser enquadrado no crime de estelionato, que tem pena de um a cinco anos de reclusão. Em casos em que acontece a clonagem do WhatsApp da vítima, o criminoso também poderá responder por furto mediante a fraude e crime de falsa identidade. Vítimas desse tipo de fraude, devem procurar imediatamente a polícia