Com o novo reajuste, quem ganha um salário mínimo e meio por mês deve começar a pagar o Imposto de Renda (IR). De acordo com a tabela do tributo, que não sofre reajuste desde 2016, somente as pessoas que recebem menos de R$ 1.903,98 estão isentas.
Atualmente, o trabalhador que recebe de R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 paga a alíquota mínima do imposto, de 7,5% sobre a renda. Por conta da baixa no ritmo da inflação no país, essa defasagem atingiu recorde de 148,1% no ano de 2022, que significa o nível mais alto desde 1996, de acordo com o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional).
Propostas que tramitam no Senado Federal preveem que seja realizado o reajuste anual da tabela conforme a variação apurada. Sobre isso, o senador Paulo Paim (PT) enfatizou a necessidade do reajuste da tabela como um apelo da sociedade.
“É uma punição ao trabalhador assalariado não corrigir a tabela do imposto de renda, bem como os valores de isenções. Com isso, o poder de compra fica corroído. Na prática, isso significa o confisco dos vencimentos. Os brasileiros que recebem salários mais baixos são os mais afetados. A correção beneficia o bolso do trabalhador, aumenta o consumo e a economia melhora”, disse o senador.
O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar medidas que indique melhorias no cenário fiscal, mas já sinalizou que uma possível reformulação do IR seja avaliado apenas em 2024. A prioridade, neste momento, é a reforma dos impostos indiretos.
Por Redação
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