O mês de março apresenta uma boa notícia para o bolso das família brasileiras. Isso porque, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços da carne nos mercados caíram 1,22% em fevereiro, a maior baixa desses produtos desde novembro de 2021.
Entre os tipos de cortes, a picanha ganha destaque na cesta de compras. De acordo com o índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o item registrou uma queda de 2,63% no segundo mês do ano. O resultado da diminuição no valor deste produto foi publicado pelo IBGE, nesta sexta-feira (10).
Se, diante dessas constatações, as famílias pensaram em organizar um churrasco, é preciso decidir com cuidado a bebida que vai acompanhar a confraternização. Conforme o IPCA de fevereiro, a cerveja subiu 0,34%, em fevereiro. Essa foi a segunda alta consecutiva, já que os preços da bebida no varejo registraram alta de 1,48% em janeiro.
Embargo da China
O fato de, diante da confirmação de casos do mal da vaca louca, o Brasil ter suspenso temporariamente a exportação de lotes de carne para a China fez com que produtores se concentrassem no mercado nacional. Essa medida fez com que aumentasse a quantidade de produtos circulando no varejo. Portanto, com o aumento da oferta de carne no país, a tendência é haver uma diminuição no preço dos cortes.
Inflação
Embora alguns produtos - como a picanha - tenham registrado queda no IPCA, o indicador de fevereiro acumulou uma alta de 0,84%. Esse dado é maior do que a inflação registrada em janeiro que foi de 0,53%.
O maior impacto no IPCA entre os grupos pesquisados, de 0,35 ponto percentual, foi dos itens de educação, em razão dos reajustes das mensalidades escolares e de materiais, que registrou alta de 6,28% no mês. A exceção foi do grupo vestuário, que recuou 0,24%, segunda deflação mensal consecutiva.
Outros grupos que tiveram impacto forte no IPCA de fevereiro, de 0,16 ponto e de 0,13 ponto, foram os de saúde e cuidados pessoais e de habitação, com altas de 1,26% e 0,82%, respectivamente. Já transportes (0,37%) e Alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações inferiores às do mês anterior
Por: Francisco Arthur - Correio Braziliense