Na terceira gestão Lula (PT), o Grupo Globo voltou a liderar como o conglomerado de comunicação que mais recebe verbas publicitárias. Nos primeiros seis meses de governo a Rede Globo concentrou 57% de todo o orçamento federal para ações de divulgação e promoção. Dados da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) apontam que apenas a TV Globo angariou investimentos da ordem de R$54,4 milhões.
Nessa linha, aponta-se que a segunda colocada, a TV Record, somou R$13 milhões, enquanto a rede de Silvio Santos recebeu um total de R$12 milhões. Frisa-se que esses valores consideram apenas as ações publicitárias feitas pela presidência e ministérios; estatais como Caixa Econômica, Banco do Brasil e Petrobrás tem orçamento publicitário próprio.
Essa concentração vertiginosa dos valores no Grupo Globo significa uma mudança de postura em relação ao governo Bolsonaro (PL). Na gestão do ex-presidente a emissora da família Marinho passou a receber valores próximos aos que eram pagos às demais redes, todavia, o Grupo Record levava vantagem. Pontua-se que ao longo dos quatro anos de gestão, a rede do bispo Macedo recebeu mais de R$200 milhões em verbas estatais, o Grupo Globo recebeu cerca de R$189 milhões.
Lembra-se que o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu ainda em 2020 que faltavam critérios técnicos para comprar de espaços publicitários, fazendo com que a gestão do ex-presidente precisasse rever a alocação dos recursos.
No governo Lula, pondera-se que até o momento a campanha mais cara foi a de promoção dos 100 dias gestão, foram gastos ao menos R$32,7 milhões. Por sua vez, o Ministério da Saúde, em diferentes campanhas, empenhou R$37,1 milhões para incentivar a vacinação da população. Os dados foram obtidos pelo Jornal Folha de São Paulo.
Acrescenta-se que os jornais impressos voltaram aos planos de mídia da administração federal. Excluídos do governo anterior, agora contaram com robustas inserções. o Jornal O Globo ficou com R$398,9 durante os primeiros seis meses. O periódico carioca é pela Folha de São Paulo (R$352,9 mil) e pelo Estado de São Paulo (R$206,8 mil).
Até o momento, o petista já gastou ao menos R$120 milhões em campanhas publicitárias. Seu antecessor, em quatro anos, gastou aproximadamente R$2bilhões.
Por Paulo Junior
Miséria.com.br
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