O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) falou nesta sexta-feira que não haverá mudança na bandeira tarifária, mesmo depois da ativação de usinas termelétricas para garantir o suprimento de energia.
“Realmente, foi acionado a térmica, mas eu posso, aqui, afirmar para o consumidor brasileiro [que] nós não teremos mudança de bandeira”, falou durante entrevista à Rádio Itatiaia.
A região Norte vem passando por um período de seca. Nesta semana, a estiagem já havia levado à suspensão temporária das atividades de geração de energia da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
A decisão foi tomada pela Santo Antônio Energia em conjunto com Operador Nacional do Sistema Elétrico, Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente para preservar a integridade das unidades geradoras, uma vez que os níveis de vazão do rio estavam abaixo do nível de segurança.
Dias depois, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico decidiu acionar as usinas termelétricas Termonorte I e Termonorte II para garantir o suprimento de energia em Rondônia e no Acre. As duas geradoras ficam em Porto Velho (RO). A medida foi aprovada em reunião do colegiado realizada em Brasília.
Comitiva federal
Na última quarta-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) viajou ao Amazonas junto a uma comitiva de ministros, incluindo Silveira, para avaliar a situação da seca na região. Ao lado do governador do Estado, Wilson Lima (União Brasil), o grupo visitou o Porto de Manaus, uma das áreas afetadas pela estiagem.
Na entrevista, Silveira falou brevemente sobre o que viu na viagem. “Rios caudalosos, que nós não conseguiríamos ver sequer o outro lado da margem, [estavam] praticamente um riacho, um fio d’água no meio do seu leito”.
Cerca de 58 cidades do Acre e de Rondônia estão sendo afetadas pela seca. A viagem ocorreu a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se recupera de uma cirurgia em Brasília.
Questionado sobre a volta do horário de verão, o chefe do MME disse que a medida não será necessária para 2023, mas não descartou a possibilidade para o ano que vem. “Se nós continuarmos como está, nós não temos perspectiva de horário de verão. Agora, para ano que vem, nós temos que estar muito atentos à questão de segurança energética“, afirmou
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