Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Iguatu, no Ceará, para acompanhar as obras da Ferrovia Transnordestina e assinar a ordem de serviço do Ramal do Salgado, parte da transposição do Rio São Francisco – iniciativas que estão ligadas à melhoria da infraestrutura, segurança hídrica e logística para escoamento da produção nacional. A Transnordestina Logística, empresa responsável pelas obras da ferrovia, prometeu concluir a construção entre o final de 2026 e o início de 2027. O presidente Lula garantiu que o Governo Federal fornecerá todos os recursos necessários para a conclusão do projeto.

A ferrovia, que liga o sertão do Piauí ao porto de Pecém (CE), tem uma importância que vai além da geração de empregos e da redução do custo do transporte para os moradores da região. Segundo o presidente, o Brasil precisa de um sistema intermodal de qualidade para aproveitar todo o seu potencial de transporte de pessoas, cargas e redução de custos para a população.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou o progresso das obras. A ferrovia, com mais de 1.206 quilômetros, dos quais 679 já estão prontos, emprega atualmente mais de 2.600 pessoas, com salários médios de aproximadamente R$ 2.800. Até o final do ano, espera-se que o número de empregos gerados pela obra dobre.

A Transnordestina é uma ferrovia que começa em Eliseu Martins, no Piauí, e segue até Salgueiro. Depois, divide-se em dois trechos que vão para os portos do Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco. O objetivo da ferrovia é transformar a região num polo exportador de minério de ferro e ligar o Sertão e o mar.

Atraso

A obra já soma um atraso de 14 anos e foi solicitada ao Governo Federal em 1989, pelo ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. “Fiz 33 reuniões com o Cid Gomes, o Eduardo Campos e o Wellington Dias quando eles eram governadores, com a direção da Transnordestina e com a Dilma Rousseff, que era chefe da Casa Civil, e toda reunião surgia um problema: era questão ambiental, falta de licença, supressão da vegetação, falta de dinheiro desapropriação… Era um verdadeiro inferno colocar a obra dessa ferrovia para funcionar”, lembrou o presidente.

“Agora nós vamos inaugurar essa obra, não vai faltar recurso para a gente terminar porque é um compromisso meu com esse país. Eu não voltei para ser presidente da República para fazer a mesma coisa que eu já tinha feito, eu preciso fazer mais e melhor”, completou Lula. (Fonte: Agência Brasil)