A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) informou nesta segunda-feira (30) que recebeu a notificação de um caso suspeito de varíola dos macacos (monkeypox) de um residente de Fortaleza. "Foram aplicadas todas as medidas recomendadas como isolamento domiciliar, busca de contatos e coleta de material para exames, que está em processamento", disse a secretaria
O Ministério da Saúde informou que dois casos são investigados como suspeitos no país, um no Ceará e o outro, em Santa Catarina. Um terceiro caso, que pode ser suspeito, está sendo monitorado no Rio Grande do Sul.
Segundo a Sesa, a investigação epidemiológica do caso suspeito não identificou nenhum deslocamento para áreas em que foram confirmados casos nem contato com pessoas com a doença. A principal suspeita diagnóstica é varicela. A vigilância em saúde da Sesa permanece monitorando o caso.
Na sexta-feira (27), a pasta emitiu uma nota de alerta para os municípios orientando sobre as notificações de casos suspeitos da varíola dos macacos. As notificações devem ser encaminhada para o CIEVS Estadual, através de canais, como formulário eletrônico, e-mail e telefone, por se tratarem de eventos de saúde pública (ESP)
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.
"Depois do período de incubação [tempo entre a infecção e o início dos sintomas], o indivíduo começa com uma manifestação inespecífica, com sintomas que observamos em outras viroses: febre, mal-estar, cansaço, perda de apetite, prostração", explica Giliane Trindade, virologista e pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Dentro de um a três dias (às vezes mais) após o aparecimento da febre, o paciente desenvolve uma erupção cutânea, geralmente começando no rosto e se espalhando para outras partes do corpo. "O que é um diferencial indicativo: o desenvolvimento de lesões – lesões na cavidade oral e na pele. Elas começam a se manifestar primeiro na face e vão se disseminando pro tronco, tórax, palma da mão, sola dos pés", completa Trindade, que é consultora do grupo criado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para acompanhar os casos de varíola dos macacos
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