As exportações nordestinas de milho, um dos três cereais mais cultivados do mundo, subiram 323% em valor (de US$ 89,8 milhões para US$ 379,8 milhões) e 310% em volume (de 317,3 mil para 1,3 bilhão de toneladas), nos primeiros cinco meses do ano. Este crescimento supera os níveis nacionais. Atualmente, Bahia, Maranhão e Piauí são os maiores exportadores regionais. Os maiores compradores são Argélia (US$ 52,3 milhões), Colômbia (US$ 45,5 milhões) e Coreia do Sul (US$ 44,8 milhões). Os números constam em publicação do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste.
“A demanda aquecida, os preços externos atrativos, a safra recorde, a vocação natural da Região e ainda melhorias na logística explicam o desempenho“, afirma o pesquisador do Etene, Jackson Coelho, que também destaca a boa infraestrutura e a localização estratégica dos portos nordestinos. Segundo ele, as previsões são de crescimento na produção, consumo, comércio e estoques finais mundiais, assim como na produção brasileira (11,1%) e nordestina (8,6%). O Brasil é o terceiro produtor e o maior exportador mundial de milho. No momento, os preços estão em baixa em todo o país.
Os financiamentos do Banco do Nordeste para produção de milho já somam R$ 1,4 bilhão em 2023, distribuídos em 7.208 operações de crédito. Para o superintendente de Agronegócio e Microfinança Rural, Luiz Sérgio Farias Machado, o incentivo à produção de milho permite alavancar outras cadeias produtivas e diminuir os custos de produção. “Com isso, amplia-se também a possibilidade de oferta de produtos de maior valor agregado por essas cadeias, com preços mais acessíveis à população”, afirma.
BNB
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