O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, voltou a ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados após uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgada nessa terça (7), que, por um placar de 5 a 2, deliberou pela perda do mandato do deputado federal Marcelo Lima, do PSB de São Paulo.
Marcelo foi eleito em 2022 pelo Solidariedade, mas acabou por migrar para o Partido Socialista Brasileiro. A movimentação acabou por resultar em um processo por infidelidade partidária que beneficiou o então suplente Paulinho da Força.
O retorno de Paulinho da Força foi comemorado pela ex-deputada federal e vice-presidente nacional do Solidariedade, Marília Arraes, que voltou a acenar para a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O papel do partido junto ao governo cresce substancialmente”, disse a ex-candidata ao Palácio do Campo das Princesas.
Na prática, o Solidariedade aumenta a representatividade no Congresso Nacional e fortalece o diálogo entre a Esplanada dos Ministérios e o Palácio do Planalto com setores organizados da sociedade, a exemplo da força sindical, um setor caro ao presidente Lula.
Essa mudança no xadrez político pode garantir a Marília o argumento que faltava para finalmente ser contemplada com um cargo de relevância na esfera federal. Então candidata ao Governo de Pernambuco em 2022, quando acabou em segundo lugar na disputa, derrotada pela atual governadora Raquel Lyra (PSDB), Marília se manteve fiel a Lula do início ao fim do processo eleitoral, ainda que, oficialmente, o petista tenha elencado Danilo Cabral (PSB) como representante ao Executivo.
Ao final do pleito, eleito pela terceira vez para a Presidência da República, Lula abriu espaços para aliados, a exemplo do próprio Danilo Cabral, conduzido para o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), e o ex-governador Paulo Câmara, nomeado presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), “esquecendo” de Marília.
Agora, há uma possibilidade de que o cenário volte a ser favorável a Marília. E caso, de fato, a principal liderança do Solidariedade em Pernambuco venha a ser prestigiada por Lula, há chances de Marília retomar um protagonismo que, pouco a pouco, vê escapar por entre os dedos
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