O número de casos prováveis por dengue em Pernambuco, em janeiro de 2024, cresceu 57,5% em relação ao registrado no mesmo período em 2023. O dado, ainda parcial, está no boletim epidemiológico de arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), que abrange notificações até o último dia 27 de janeiro.
Segundo o balanço, o Estado totaliza 512 casos prováveis de dengue (confirmações + registros em investigações), com taxa de incidência de 5,7 casos prováveis a cada 100 mil habitantes. Do total, 55 registros já tiveram confirmação de infecção pelo vírus da dengue.
“Pernambuco está por duas semanas acima do limite máximo de notificações. Estamos entrando numa terceira semana já no limite. E até o fim dela, certamente o total ultrapassará mais uma vez. A tendência, então, é de aumento de casos de dengue no Estado”, avalia o diretor-geral de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-PE, Eduardo Bezerra.
Ele informa que a secretaria está em processo de finalização de uma nota técnica com orientações para os municípios pernambucanos. “Eles poderão tomar decisões (para conter o avanço dos casos de dengue) com base no que está no Plano Estadual de Contingência das Arboviroses 2024”.
O plano foi lançado, ainda em novembro de 2023, com trabalhos que podem ser desencadeados e/ou intensificados para o enfrentamento das arboviroses nos municípios pernambucanos, a partir da análise do perfil epidemiológico no Estado e a organização da rede de atenção à saúde para atendimento desses casos.
“É documento norteador para que os municípios desenvolvam seus planos de forma localizada”, destaca Eduardo Bezerra.
“No Sertão, especialmente nas regionais de Petrolina e Ouricuri, é onde temos visto um maior escape da linha de controle (casos aumentam além do limite máximo). Na Região Metropolitana do Recife, ainda não há esse panorama, mas o trajeto tende a ser de crescimento”.
Até o momento, no Estado, não houve notificação ou confirmação de óbito por arboviroses.
O cenário epidemiológico de Pernambuco parece caminhar para o que tem ocorrido no Distrito Federal, em Minas Gerais e em São Paulo. São localidades onde os casos têm avançado de forma acelerada. O volume de adoecimentos chegou a levar Minas Gerais e o Distrito Federal a decretarem situação de emergência em saúde pública em razão do cenário epidemiológico de arboviroses.
Em todo o País, os casos prováveis chegam a 217.481, com 15 mortes confirmadas e mais 149 em investigação
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