Sete anos após o último reajuste, o valor pago aos policiais que participam do Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES) deve aumentar. O comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Ivanildo Cesar Torres, confirmou que o assunto está em discussão.
“O grupo de trabalho ainda está avaliando mudanças para o PJES e está em pauta, sim, o aumento do valor pago. Mas ainda não foi definido qual será”, afirmou.
O grupo de trabalho foi criado pela Secretaria de Defesa Social (SDS), em dezembro do ano passado, para discutir mudanças nos plantões extras que são realizados pelos profissionais da segurança nos dias de folga.
Na teoria, os policiais precisam se apresentar voluntariamente para participação no PJES. Mas, por causa do déficit de efetivo, eles contam que muitas vezes são pressionados a aderirem aos plantões extras. Além disso, policiais reclamam do atraso nos pagamentos pelos serviços prestados.
O PJES foi instituído por decreto em 1999, pelo então governador Jarbas Vasconcelos, como forma de ampliar o número de policiais nas ruas e nas delegacias.
Em Pernambuco, o Portal da Transparência prevê um mínimo de 27 mil policiais militares. Mas só há pouco mais de 16 mil na ativa. Há déficit em todas as operativas, como Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica.
O mais recente decreto estadual com alterações no PJES é do ano de 2012, por isso a necessidade de mudanças.
Valores
O último reajuste de valores aconteceu em 2017, quando os praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) e agentes da Polícia Civil passaram a receber R$ 200 para cada plantão de 12 horas. Antes era R$ 120.
Para quem faz policiamento a pé nas ruas (praças, basicamente), o plantão previsto em decreto é de oito horas.
Já os oficiais (tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis), delegados e peritos criminais passaram a receber R$ 300 (antes era R$ 270). Quase sete anos depois, os valores seguem os mesmos.
Extinção das faixas salariais
Além das mudanças no PJES, que vão atingir todos os profissionais da segurança pública de Pernambuco, os policiais e bombeiros militares também comemoraram o anúncio do fim das faixas salariais.
A governadora Raquel Lyra anunciou o envio à Assembleia Legislativa de Pernambuco, na segunda-feira, do projeto de lei que reestrutura a carreira dos militares do Estado.
Caso seja aprovada, a extinção progressiva das faixas, entre junho de 2024 e junho de 2026, refletirá num aumento do salário médio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.
Na proposta, o valor do soldo inicial para a base da carreira (soldados da faixa “A”) passará já em junho de R$ 3.419,88 para R$ 4.406,41. A partir de 2026, quando se conclui o processo, o valor inicial da carreira em Pernambuco passará a ser de R$ 5.617,92.
Além da extinção progressiva das faixas, há previsão de reajustes progressivos anuais no valor dos soldos
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