Mais de 100 escolas públicas em mais de 60 municípios de todas as regiões do Estado de Pernambuco, durante o período junino, recebem o programa Brincantes nas Escolas – Edição São João. O projeto visa possibilitar a integração dos estudantes com artistas e coletivos da cultura popular por meio de uma imersão de convivência direta com as manifestações mais representativas do período. As ações contemplam manifestações como quadrilhas, bois e bandas de pífano, além de aulas-espetáculos.
As Secretarias Estaduais de Educação (SEE-PE), de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), leva a cultura junina para as escolas, que nesta edição são investidos mais de R$ 700 mil em contratações de habilitados na Convocatória do Ciclo Junino e convidados de acordo com a territorialidade.
A atividade parte da apresentação, em formato de roda de conversa, dos personagens e do histórico do grupo por um representante do mesmo à comunidade escolar. A ação é mediada por um docente ou coordenador pedagógico, que facilita o diálogo de estudantes e professores com os brincantes. Na sequência, os participantes são convidados a interagir com os grupos por meio de apresentações e performances.
A iniciativa visa ainda proporcionar benefícios educacionais, tendo em vista que as expressões culturais têm relação com o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, possibilitando o acesso à cultura a toda comunidade escolar e contribuindo para cultivar valores, salvaguardar nossos bens patrimoniais, reinventar as tradições e fortalecer o sentimento de pertencimento e as identidades. Também contribuir para revelar talentos, desenvolver habilidades e a convivência entre os entes diversos por meio de uma ação coletiva integrada.
A ideia é que a experiência seja retomada na sala de aula, em momento posterior à atividade prática, não necessariamente no mesmo dia, em diálogo com as diretrizes curriculares. Esse movimento de construção e reconstrução dos saberes pedagógicos por meio das interfaces das práticas culturais contraria a lógica de modelos de educação hierarquizante e permite que ideias preconcebidas sobre as culturas populares sejam repensadas e compreendidas considerando suas singularidades.
Isso permite ainda que Brincantes nas Escolas tenha um papel importante para a ampliação do fazer pedagógico nas escolas pernambucanas, sobretudo porque apresenta a temática do patrimônio cultural a partir das múltiplas experiências do vivido/imaginado das comunidades, por meio das expressões culturais, estabelecendo relações próprias em que os sujeitos criam novas formas de entendimentos, subjetividades e sociabilidades.
“A Secretaria de Educação vem desenvolvendo nas escolas estaduais o fortalecimento da cultura nordestina. Essa é a ação importante, porque a gente acredita que por meio da cultura os estudantes vão conhecer a história e a forma de vida de nosso Estado. É uma ação de valorização dos mestres de cultura populares dando andamento ao tema de nosso ano letivo. A gente sabe que são culturas periféricas e que precisam ser valorizadas”, destaca a secretária executiva de Desenvolvimento da Educação, Tárcia Silva
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