Nesta quarta-feira (19), professores e servidores técnico-administrativos do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE) realizaram uma assembleia onde decidiram manter a greve que já dura mais de dois meses, apesar de aprovarem as propostas apresentadas pelo governo.
A decisão contou com 221 votos favoráveis à continuidade da greve, 211 contrários e seis abstenções. A greve, iniciada no dia 10 de abril, foi motivada pela falta de reajustes salariais, mudanças nos planos de carreiras dos servidores e a falta de progresso nas negociações com o governo.
O movimento afeta os campi de Petrolina Zona Rural, Ouricuri, Salgueiro, Floresta, Serra Talhada e Santa Maria da Boa Vista. No Campus Petrolina, a paralisação começou no dia 15 de abril.
Segundo Marcos Uchoa, servidor técnico-administrativo do IFSertãoPE, a decisão de aprovar as propostas do governo, mas manter a greve, se deve à falta de respostas completas do governo às demandas dos servidores.
Na última rodada de negociações, realizada na sexta-feira (14), o governo federal aceitou algumas reivindicações não remuneratórias, mas com impactos financeiros para a categoria.
Entre os acordos estão:
Recomposição parcial do orçamento das instituições federais
Revogação da portaria nº 983/2020 do MEC, que estabelece carga horária mínima de 15 horas semanais de aula para professores das escolas técnicas
Revogação da Instrução Normativa nº 6 de 2022, que limita a progressão funcional
Destinação de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas
Implementação de reajuste de benefícios (auxílio alimentação, saúde suplementar e creche)
Aumento do reajuste linear de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025, e 3,5% em maio de 2026
Apesar dessas concessões, os servidores do IFSertãoPE decidiram continuar com a greve até que todas as demandas sejam plenamente atendidas, refletindo a insatisfação com as respostas parciais do governo.
Fonte G1 Petrolina
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