Em Pernambuco, 2.252 pessoas vivem em tendas ou barracas de lona, plástico ou tecido. O número é do Censo 2022 sobre População e Domicílios, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e não contabiliza a população em situação de rua, uma vez que se trata de uma pesquisa domiciliar.
De acordo com Bruno Perez, analista do IBGE, “há exemplos de moradores de tendas ou barracas em áreas rurais, ocupações de disputa de terra, entre outros exemplos. Assim como há pessoas em situação de rua que não estão nessa classificação porque não têm nenhum tipo de domicílio improvisado, porque dormem em um papelão na rua, ou similares”
São considerados domicílios improvisados aqueles localizados em edificações que não tenham dependências destinadas exclusivamente à moradia, estruturas comerciais ou industriais degradadas ou inacabadas, calçadas, praças ou viadutos e abrigos naturais e estruturas móveis, como veículos e barracas
O levantamento também apontou que 1.364 pessoas viviam dentro de estabelecimento em funcionamento em 2022 em Pernambuco, 1.203 em abrigos naturais e outros, 764 em estrutura não residencial degradada ou inacabada, 421 em estrutura improvisada em logradouros públicos e 84 em veículos. Ao todo, são 6.088 moradores em domicílios particulares improvisados.
O Censo Demográfico de 2022 aponta que em 2022, em todo o Brasil, 160 mil pessoas residiam em domicílios particulares improvisados. Dessas, 56.600 estavam em tendas e barracas, enquanto mais de 43 mil estavam dentro de um estabelecimento em funcionamento e mais de 26 mil em abrigos naturais e outros.
Ainda de acordo com o levantamento, as taxas de analfabetismo dos moradores de domicílios improvisados com 15 anos ou mais foram de 22,3% para moradores de tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido a 9% em estabelecimentos em funcionamento
Esta é a primeira vez que o IBGE divulga dados sobre tipos de domicílios coletivos, improvisados, de uso ocasional e vagos
JC Online
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