O novo campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizado em Sertânia, no Sertão, terá 2.800 vagas para estudantes, que serão ocupadas ao longo de cinco anos. A construção do espaço faz parte de uma iniciativa do Governo Federal, que vai levantar dez novas universidades federais em diferentes estados do Brasil, além de novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia
O Campus que será construído em Sertânia vai receber, inicialmente, os cursos de Medicina, Medicina Veterinária, Engenharia de Energias Renováveis, Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, Administração Pública e licenciatura em História.
“Levamos em consideração o pleito que a região fazia para definirmos os cursos que seriam implantados. A Prograd [Pró-Reitoria de Graduação] fez um levantamento dos cursos de graduação públicos ofertados na região; além disso, em toda reunião havia o pleito para o curso de Medicina, então não poderíamos deixá-lo de fora”, explicou o reitor Alfredo Gomes.
Os cursos de Engenharia de Energias Renováveis e Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente são inéditos em Pernambuco.
“Esses novos cursos estão olhando para o futuro, pensando em questões climáticas, ambientais, assuntos esses que a região, também, demanda para o seu próprio desenvolvimento”, afirmou o vice-reitor Moacyr Araújo
Deverão ser contratados 284 docentes e 86 técnicos administrativos em educação. Os novos servidores serão chamados aos poucos, à medida que os concursos forem sendo realizados ao longo dos anos de 2025, 2026 e 2027.
O investimento para este campus é de R$ 60 milhões, dentre estes, R$ 50 milhões serão destinados para a infraestrutura dos prédios a serem construídos e R$ 10 milhões para a compra de equipamentos
Etapas
O reitor Alfredo Gomes e o vice-reitor Moacyr Araújo se reuniram na terça-feira (9) com a Comissão de Estruturação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) do Campus do Sertão, em Sertânia, para apresentar as diretrizes para a criação desses seis cursos.
A estimativa é que os cursos tenham os seus PPCs elaborados pela comissão até fevereiro do ano que vem. Após análise pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFPE, devem ser aprovados pela Câmara de Graduação e Ensino Básico (CGEB). Em seguida, seguem para aprovação do curso no Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (Cepe) até meados de março de 2025, quando todos os cursos devem ser devidamente cadastrados no e-MEC, órgão responsável pela tramitação dos processos de ato regulatório das instituições de educação superior do Brasil. Após estas ações, serão abertos concursos para docentes e técnicos administrativos em educação para atuar no novo campus
Início das aulas
As aulas estão previstas para começarem no segundo semestre de 2025, com dois cursos. A princípio, as aulas serão realizadas em um prédio cedido pela Prefeitura de Sertânia, enquanto o prédio definitivo do campus estiver em construção.
“Se até o semestre letivo 2025.1 conseguirmos implantar os dois cursos e fizermos concurso para os primeiros docentes e técnicos, quando os prédios definitivos ficarem prontos, já teremos uma comunidade acadêmica instalada”, explicou o reitor. A estimativa é que um prédio seja finalizado no primeiro semestre de 2026 e o outro no segundo semestre do mesmo ano
Os cursos que serão implantados em março de 2025, com aulas previstas para 2025.2 (semestre letivo 2025.1), ainda, não foram definidos pela UFPE. Segundo a universidade, é é provável que sejam dois dentre os que não necessitam de laboratórios ou atividades de aula prática no primeiro semestre, como: Engenharia de Energias Renováveis, Engenharia de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, Administração Pública ou licenciatura em História.
A pró-reitora de Graduação, Magna Silva, destacou que a Comissão de Estruturação dos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) do Campus do Sertão recebeu um prazo curto para organizar a proposta do PPC dos novos cursos. Em março de 2025, haverá uma janela de oportunidade para cadastramento e criação de cursos novos fora da sede, aberta pelo sistema e-MEC