O ano de 2024 ficará marcado na história de Petrolina como um dos mais chuvosos das últimas décadas. Os registros pluviométricos indicam volumes que ultrapassaram significativamente a média histórica, evidenciando os impactos das mudanças climáticas na região.
Os dados de precipitação mostram que, ao longo do ano, os índices variaram entre 634 mm e 711 mm, de acordo com os pluviômetros locais.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou 672,6 mm até setembro, enquanto a média climatológica da região é de apenas 419 mm. Esse aumento expressivo reflete uma tendência de eventos extremos que têm sido observados com maior frequência.
O maior destaque foi o dia 25 de novembro, quando Petrolina registrou 119,4 mm de chuva em apenas 24 horas, o maior volume diário em 30 anos. Esse evento ressalta a necessidade de infraestrutura adequada e medidas preventivas para lidar com as adversidades climáticas.
O Nordeste brasileiro, conhecido por sua aridez e longos períodos de estiagem, tem enfrentado alterações significativas no regime de chuvas. Eventos extremos, como longas secas intercaladas com períodos de chuvas intensas, têm se tornado mais frequentes. Petrolina é um exemplo claro dessas transformações.
No contexto nacional, o Brasil também tem registrado mudanças climáticas evidentes. Regiões tradicionalmente secas enfrentam chuvas intensas, enquanto áreas úmidas enfrentam secas prolongadas. Esse cenário é agravado pelo aumento das temperaturas médias, desmatamento e urbanização desordenada, que intensificam os impactos.
Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas, a Defesa Civil de Petrolina tem desempenhado um papel crucial na prevenção e mitigação de desastres naturais. A atuação do órgão inclui o monitoramento constante, a adoção de estratégias para proteger áreas vulneráveis e a conscientização da população sobre os riscos.
Esse cenário reflete a importância de ações coordenadas e políticas públicas que priorizem a sustentabilidade e a resiliência climática, tanto no nível local quanto nacional. A adaptação ao novo regime climático é um caminho inevitável para proteger comunidades e minimizar os danos causados por eventos extremos
Blog do Waldiney Passos