Vice-governador de Pernambuco de 2015 a 2018, no primeiro mandato de Paulo Câmara, o deputado federal e presidente do MDB estadual, Raul Henry, está cotado para compor novamente a chapa da Frente Popular no mesmo posto. A informação, que já corre nos bastidores há algum tempo, começou a ganhar corpo e pode tornar-se viável.
A indicação de Henry é uma possibilidade que agrada a muitos. O deputado federal tem todos os atributos de um bom vice ? inclusive, já o foi de Paulo e do ex-prefeito do Recife, Roberto Magalhães, entre 1997 e 2000. É discreto, de grupo, não conspira contra ninguém e ainda é uma figura afável, que conta com a simpatia de quase todos no meio político. Raul não tem ?senões? como alguns outros colegas de bloco.
Mas vamos às questões práticas. Raul Henry é um político de carreira, vive dos seus mandatos. É bem comum ouvir o próprio dizer que não pode ficar na planície. Essa necessidade já meio caminho andado para que ele aceite uma indicação para compor com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, na cabeça de chapa e algum nome do PT, ou chancelado pelo partido, para o Senado.
O deputado teria de mudar de partido e abrir mão do comando da legenda para tentar a sorte em um chapão onde todos os candidatos estariam no PSB; cálculo que é muito arriscado.
Essa hipótese de mudar de sigla para eventualmente concorrer à reeleição ainda pode acarretar a perda definitiva do comando do MDB pernambucano. Vale lembrar que o senador Fernando Bezerra Coelho, que já travou disputas homéricas com Henry pelo comando da legenda, está sempre à espreita fazendo sombra.
Voltando à vantagens, a possível indicação de Raul, se caso for confirmada, é lida por governistas também como um aceno ao senador Jarbas Vasconcelos, seu padrinho político, e um nome que o PSB vai precisar da ajuda para enfrentar uma eleição complicada como será a do próximo ano.
Por fim, um atributo que faz brilhar os olhos dos colegas deputados de Henry: as bases! Disputando a vice, Raul, logicamente, não será mais candidato a deputado; suas bases vão ser divididas e ajudar na reeleição de figurões da Frente Popular, a exemplo de Augusto Coutinho, Renildo Calheiros, Tadeu Alencar, Wolney Queiroz e alguns outros. É ou não é um jogo do ?ganha, ganha?, como diria Eduardo Campos, responsável por indicar Henry para a vice de 2014, antes mesmo de o candidato a governador ser escolhido.
O povo quer saber: Raul Henry aceita ser vice novamente?
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