Pré-candidato a governador pelo PL, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, não esconde o entusiasmo que nutre pelo Movimento Levanta Pernambuco, projeto que vem liderando ao lado da prefeita Raquel Lyra (PSDB), de Caruaru, visando a eleição estadual de 2022. Ainda que, por ora, resista em apontar a posição que cada liderança do grupo vai ocupar no pleito, o gestor faz questão de ressaltar o seu descontentamento com a administração do governador Paulo Câmara (PSB) e diz que, se convocado por seus pares, está pronto para enfrentar o candidato da situação nas urnas.
“Eu sou presidente de um partido, estou no segundo maior colégio eleitoral do Estado, não é natural, pelo curso da política tradicional, que eu me colocasse como candidato e andasse por Pernambuco? Sim, mas eu não fiz isso. O nosso projeto é diferente. Eu sou um político diferente. Eu não me coloco, eu sou convocado”, declarou Anderson, durante encontro com a imprensa nessa terça-feira (28). Além da disputa para o Governo do Estado, Anderson também é cotado para concorrer ao Senado.
Na ocasião, sem poupar críticas ao PSB e em tom de pré-campanha, o prefeito também queixou-se de falta de apoio do Executivo estadual e destacou avanços locais alcançados durante a sua administração. “Eu nunca tive medo de enfrentar desafios. A primeira eleição que eu disputei foi para deputado federal. Quando me elegi prefeito, me diziam, ‘olha, se você não caminhar com o PSB só vai ter um mandato, eles vão te aniquilar’. Mas Jaboatão só fez avançar. E não pararam de me perseguir. Nós avançamos e nos tornamos referência internacional, recebendo dois prêmios da ONU. Aí Eduardo Campos, naquela época, ganhou prêmio da ONU e levou até Geraldo Julio para dizer que foi ele quem fez. Pois aqui quem fez foi Anderson Ferreira e o povo de Jaboatão”, cravou.
Miguel Coelho
Ao ser perguntado se ainda há um diálogo do seu grupo político com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), que também é pré-candidato a governador, Anderson respondeu afirmativamente e reafirmou que o aliado seria bem-vindo ao coletivo, mas não sem ressalvas. “Nós temos um movimento que até agora não colocou como protagonista nenhum nome específico, ele já começou diferente de qualquer outro da história de Pernambuco, pois em geral eles começam em torno de um nome. Por isso ninguém pode chegar em um projeto como esse reivindicando determinada cadeira, porque essa cadeira vai ser conquistada pelo sentimento do povo”, disparou o prefeito.
Ao falar sobre possíveis adesões ao coletivo oposicionista, Anderson mencionou que abriu as portas do PL para o deputado estadual Clodoaldo Magalhães, que está em rota de colisão com o PSB e pode ser expulso. Além disso, o gestor declarou que mantém diálogo aberto com a deputada estadual Clarissa Tércio, hoje no PSC, e com o marido dela, o vereador Júnior Tércio, do Podemos, ambos bolsonaristas.
Bolsonaro
A respeito da possível influência local da entrada do presidente Jair Bolsonaro no PL, o prefeito mais uma vez afirmou que se recusa a nacionalizar o debate estadual. “Quem faz isso (nacionaliza a eleição) é o PSB, porque não tem o que apresentar. O que a gente tem que fazer durante a campanha é expor propostas para Pernambuco. (…) E eu não estou me omitindo. A pessoa em quem eu vou votar eu vou expor assim que os candidatos estiverem postos, só não votaria jamais no PT”, comentou
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