Nesta terça-feira (15) vence o último decreto do governo de Pernambuco prevendo flexibilizações no Plano de Convivência com a Covid-19 e, por isso, a semana começa com a expectativa de que sejam anunciadas novas mudanças no Estado. A liberação do uso de máscaras, entretanto, não deverá estar no pacote como aconteceu em algumas das maiores cidades do País – São Paulo e Rio de Janeiro.
Nem mesmo em ambientes abertos, como já deixou claro o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, ao afirmar, na semana passada que a posição do governo do Estado permanecia a mesma: “Máscaras estão mantidas em Pernambuco”.
Por isso, acredita-se que o governo amplie a quantidade de pessoas permitidas em eventos culturais, o que já tinha sido feito logo após a passagem do Carnaval 2022, proibido em todo o Estado.
O último decreto estadual tem abrangência entre os dias 2 e 15 de março. Aumentou a capacidade máxima de pessoas em eventos no Estado de 500 pessoas para três mil pessoas em locais abertos ou 70% da capacidade, e de 300 para 1,5 mil pessoas ou 70% da capacidade em locais fechados.
Também seguiu com a obrigatoriedade da apresentação do passaporte vacinal e de teste negativo nos eventos a partir de 500 pessoas. No caso de eventos corporativos e presença de torcidas nos estádios, o limite é de até três mil pessoas ou 70% da capacidade.
As competições esportivas em geral podem ocorrer com público de 1,5 mil pessoas em ambientes fechados e três mil em locais abertos, ou 70% da capacidade, o que for menor. As exigências de comprovação de vacina e teste negativo são as mesmas dos eventos sociais.
Nos serviços de alimentação, a capacidade máxima é de 80% e é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação. Os cinemas, teatros, circos e museus podem receber até 1,5 mil pessoas ou 70% da capacidade. Nesse caso, além do passaporte vacinal, a partir de 500 pessoas os ingressos devem ser destinados apenas a quem apresentar teste negativo.
Liberação das máscaras
Pernambuco, pelo menos por enquanto, caminha no sentido oposto à decisão de cidades como Rio de Janeiro e dos estados de São Paulo e Rio Grande do Norte, que deixaram de exigir o uso de máscaras, inclusive em ambientes fechados – como é o caso do Rio.
O secretário André Longo garantiu que as máscaras continuarão sendo exigidas até mesmo em ambientes abertos. Apesar da melhora de todos os indicadores da pandemia de covid-19 em Pernambuco – com queda no número de casos graves, internações e óbitos -, na visão das autoridades locais, o momento ainda é para se continuar com o incentivo do uso da máscara por todos.
A atitude do governo de Pernambuco, inclusive, está em sintonia com a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que considera precoce e intempestiva a medida anunciada pela Prefeitura do Rio de Janeiro de suspender a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços fechados.
“O Brasil e o mundo ainda se encontram em uma situação de pandemia, com imensas desigualdades no acesso a vacinas dentro e fora do País. Além disso, ainda não temos a real magnitude do incremento de casos provocados pelas aglomerações do feriado de Carnaval, o que exige prudência e precaução até que possamos ter uma avaliação mais sólida da situação da pandemia no município do Rio de Janeiro, bem como na região metropolitana”, esclareceu, em nota, a Abrasco
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