O primeiro caso suspeito da doença no estado foi registrado na segunda (9). É uma criança de 1 ano, moradora de Toritama, no Agreste
O estado informou que já notificou o Ministério da Saúde dos dois casos. O adolescente deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, no sábado (7), com febre e dor, após atendimento inicial no Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro.
A Secretaria de Saúde informou que os primeiros exames coletados no jovem detectaram aumento nas transaminases, que são enzimas intracelulares que atuam catalisando diversas reações, principalmente no fígado.
Isso é considerado um dos critérios elencados pelo órgão federal para definição de caso suspeito. O adolescente continua internado em uma enfermaria da unidade. O quadro dele, segundo a equipe que o acompanha, "vem evoluindo bem"
Com o novo registro, Pernambuco passa a ter dois casos suspeitos de hepatite de origem desconhecida. O primeiro caso foi de um menino de 1 ano de Toritama. Ele foi atendido no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, e recebeu alta hospitalar na sexta (6).
A SES acrescentou que as investigações dos dois casos continuam em andamento "com a realização de exames complementares para análise laboratorial das hepatites virais, agentes possivelmente relacionados a este tipo de hepatite e outras doenças, assim como as investigações epidemiológicas realizadas junto aos municípios de residência dos pacientes".
Diante do misterioso surto de hepatite em crianças na Europa e nos Estados Unidos, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE) emitiu nota de alerta orientando toda a rede de saúde - unidades públicas e privadas.
Em caso de observação de casos suspeitos e que atendam às definições, as unidades de saúde devem realizar a notificação de imediato.
As notificações de casos suspeitos devem ser feitas pelo e-mail cievspesaude@gmail.com ou pelos telefones (81) 3184-0191 e 99488-4267 (para profissionais de saúde)
No dia 24 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, pelo menos, 169 casos de hepatite aguda de origem desconhecida. A maioria dos registros envolve bebês, crianças e adolescentes entre um mês e 16 anos. Do total, 17 (o equivalente a cerca de 10%) necessitaram de transplante de fígado e uma morte foi registrada.
Segunda maior doença infecciosa letal do mundo, atrás apenas da tuberculose, a hepatite é a inflamação do fígado.
As principais causas são os vírus (A, B, C, D e E). Alguns medicamentos, consumo excessivo de álcool e outras drogas e doenças autoimunes, metabólicas e genéticas também podem desencadeá-la
Por Priscilla Aguiar, g1 PE