Com o Estado ainda abaixo da meta de cobertura da vacinação contra a poliomielite, o Governo de Pernambuco lançou, nesse domingo (23), campanha para incentivar e reforçar a imunização do público infantil. Atualmente, a proteção de crianças pernambucanas contra a doença, que não tem casos no Brasil desde 1990, é de 82,5% - a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95%
Dos 184 municípios pernambucanos, 77 atingiram a meta de 95% de cobertura preconizada pelo órgão federal. Outros 104 estão com percentual igual ou menor que 94% de cobertura e quatro cidades estão com 50% de cobertura ou com percentual abaixo da metade: Paulista (27,34%), Cortês (45,42%), São Lourenço da Mata (47,89%) e Barreiros (49,49%)
O material de mídia alerta a sociedade para o risco da reintrodução de doenças no Estado em decorrência da baixa adesão à vacinação
O material lançado pela gestão estadual, que tem como mote "riscos invisíveis", contempla filme para TV, spot de rádio, carro de som e peças para blogs e outras mídias digitais e deve circular até o final do mês, coincidindo com o encerramento das campanhas de Multivacinação e de Imunização contra a Poliomielite, que termina no dia 31 de outubro.
Ao todo, o Estado aplicou 444.720 doses da vacina da pólio em crianças de 1 a 4 anos de idade, o público-alvo da campanha. Há 538.868 crianças nessa aixa etária
O percentual atual de cobertura por faixa etária está em 87,2% nas crianças de 4 anos (117.004 doses aplicadas); seguido dos pequenos com um ano de idade (84,77% - 108.898 doses aplicadas); crianças de 3 anos (79,28%, sendo 109.845 doses aplicadas); e pequenos com 2 anos de idade (79,15% - 108.973 doses aplicadas).
"Estamos vivendo um momento de grande risco de reintrodução do vírus da poliomielite no País e no Estado em decorrência do aumento de número de casos em outros países e por causa das baixas coberturas vacinais registradas, principalmente entre os nossos pequenos. Outras doenças, como o sarampo, a rubéola, a coqueluche e a difteria também podem voltar se não vacinarmos nossas crianças", reforça o secretário estadual de Saúde, André Longo
Ainda segundo Longo, pais e cuidadores devem estar atentos a esses riscos invisíveis e proteger seus filhos. "A medida de prevenção e controle mais eficaz contra essas enfermidades, sem dúvidas, é a vacinação", completou o secretário.
Na estratégia de multivacinação, a população-alvo são crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade (14 anos 11 meses e 29 dias), não vacinados ou com esquemas vacinais incompletos, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. São ofertadas a proteção contra várias doenças imunopreveníveis, como: hepatites A e B, rotavírus humano, BCG, pneumocóccica, pentavalente, meningocócica, febre amarela, tríplice viral, varicela e DTP