O piso nacional da enfermagem, quando aprovado pelo Congresso, deve beneficiar 133 mil profissionais da enfermagem somente Pernambuco, incluindo o setor público e privado, segundo o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco. Desde janeiro, o pagamento do piso é uma das principais demandas da enfermagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mobilizando greves nos setores público e privado. Quando Lula visitou Pernambuco, em março, foi alvo de protestos da categoria no Ginásio Geraldão.
O PLN assinado é uma proposição destinada a tratar de matéria orçamentária de iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo. A matéria libera R$ 7 bilhões da união para suporte ao custeio do piso a estados, municípios, instituições filantrópicas e privadas que atendam pelo menos 60% SUS (Sistema Único de Saúde).
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco, o deputado estadual Gilmar Júnior (PV), acompanhou de perto, em Brasília, a assinatura do projeto. “É mais um passo importante para que o dinheiro chegue aos nossos contracheques. Logo mais o piso vai ser realidade! Foi muito difícil! Agora estamos bem mais perto da vitória!”, afirmou. “O piso é reparação histórica, não é benesse e não é presente de ninguém. Nós queremos dignidade”, completou.
De acordo com Ana Paula Ochoa, conselheira do Coren-PE, o reajuste já é esperado no contracheque em maio. “O STF vai ter que retirar a liminar que barra o aumento, porque agora há uma fonte de recursos estabelecida que virá do Ministério da Saúde. Algumas cidades do interior pernambucano já fizeram a previsão orçamentária deste ano com o pagamento do piso. O maior imbróglio vai ser o Governo do Estado. Há técnicos de enfermagem no Estado recebendo menos de um salário mínimo”, disse Ana Paula.
Para a conselheira do Coren, haverá uma movimentação no mercado, porque os profissionais da enfermagem precisam trabalhar em dois ou três empregos para se sustentar. “Isso significa mais qualidade de vida e representa também melhoria na assistência aos pacientes, à própria sociedade. Profissionais estressados e cansados são mais passíveis a erros. A rede privada também vai ganhar porque se pagar bem, vai poder exigir bons profissionais”.
Em Pernambuco, entidades como a Associação Municipalista de Pernambuco, presidida por Márcia Conrado (PT), estão avaliando a medida com cautela. Por meio da assessoria, a Amupe informou que precisa analisar mais o projeto para se posicionar
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