Em Caruaru, no Agreste pernambucano, para entrega de habitacionais, a governadora Raquel Lyra (PSDB), garantiu que manterá uma ‘negociação apartada’ para conceder reajuste salarial para todos os professores de Pernambuco. A gestora voltou a alegar a situação fiscal do Estado como um entrave e, por conta disso, não deu prazo para quando apresentará uma proposta alternativa aos educadores.
“O que nós estamos garantindo é 100% do piso para todos os professores da rede. A gente garante para mais de 28 mil profissionais da educação que tenham direito a ganhar o piso. A mesa de negociação segue aberta para professores e todas as categorias, para que a gente possa seguir negociando reajuste apartado neste momento do pagamento do piso”, disse Raquel Lyra.
O modo de negociação do governo Raquel Lyra é justamente o ponto criticado pelos professores. De acordo com o Sintepe (sindicato dos profissionais de educação do Estado), na última mesa de negociação, na quarta-feira (21), o governo não apresentou nenhuma alternativa ao Projeto de Lei que institui 14,95% de reajuste para os profissionais que atualmente recebem abaixo do piso. Sem nenhum percentual para os demais professores, que segundo o Sintepe seriam mais de 52 mil.
“É processo de negociação. A gente não recebeu as contas do Estado em boas condições. Estamos na situação de alerta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que nos exige gasto com pessoal abaixo dos 45%. Então estamos trabalhando com cautela, transparência e suando muito para garantir as contas em dia e fazer anúncios importantes para nossa Estado”, afirmou a governadora.
Na Alepe, o Projeto de Lei enviado por Raquel Lyra foi rejeitado em duas comissões: Finanças e Educação. Apesar disso, um requerimento foi levado ao plenário da Casa para derrubar os pareceres contrários à governadora.
Após obstrução da oposição, o requerimento foi aprovado na Alepe, levando para a terça-feira (27) a votação do reajuste proposto por Raquel aos professores.
Desde o início deste mês de junho, os profissionais da educação em Pernambuco decretaram estado de greve em função da falta de sinalizações da governadora no atendimento aos pleitos da categoria.
(JC Online)
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