A Polícia Militar de Pernambuco passará a usar câmeras de monitoramento nas fardas. A corporação confirmou que, a partir de setembro, o efetivo do 17º Batalhão, com sede em Paulista, no Grande Recife, irá sair às ruas com o equipamento acoplado à farda. As informações são de Raphael Guerra, na sua Coluna no JC.
O uso das chamadas bodycams, que gravam sons e imagens, é uma forma de identificar possíveis excessos cometidos em ações policiais e punir aqueles profissionais que não respeitam as leis. O equipamento se torna ainda mais relevante e necessário num período em que há escalada da letalidade policial em vários estados brasileiros – incluindo Pernambuco.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), 69 mortes durante intervenções de agentes de segurança foram somadas em Pernambuco entre janeiro e julho de 2023. No mesmo período do ano passado, foram 51. Já em 2021, foram 43 mortes.
É importante enfatizar que esses óbitos ocorreram em ações realizadas por profissionais da segurança pública em geral, mas sobretudo por policiais militares.
Outro ponto importante: as câmeras também vão garantir que falsas denúncias de violência por parte da PM também sejam esclarecidas, ou seja, a tecnologia também vai ajudar o policial que trabalha de forma correta.
INVESTIMENTO
Além dos equipamentos, um conjunto de baterias extras e estações computadorizadas de armazenamento das imagens captadas foram adquiridas, no valor de R$ 419 mil. A sala para armazenamento dos equipamentos, na própria sede do 17º Batalhão, também está pronta.
Apesar do investimento, a iniciativa, na prática, ainda é tímida e pouco será sentida pelo cidadão. Afinal, apenas um batalhão vai usar o equipamento por enquanto. A corporação conta, hoje, com pouco mais de 16 mil policiais na ativa.
Desde 2021, havia uma cobrança para que o governo de Pernambuco adquirisse os equipamentos. A medida foi proposta pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE).
Nas blitzes realizadas pelo Estado, a abordagem inicial é feita pelos policiais militares, que solicitam a documentação do motorista e perguntam se ele fez uso de bebidas alcoólicas. Em seguida, questionam se ele pode fazer o teste do bafômetro. Profissionais da Secretaria de Saúde e do Detran participam na fase seguinte, realizando os exames e analisando os documentos do condutores, respectivamente.
Todas as imagens e sons ficam armazenados na nuvem para serem acessados remotamente, se necessário. As gravações ficam salvas por 30 dias e podem ajudar em investigações da polícia
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