Pernambuco permanece ocupando um cenário negativo quando o assunto é crimes violentos, segundo revela o levantamento mais recente publicado pelo Monitor da Violência para o primeiro semestre do ano.
Os dados são apresentados em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), do Fórum Brasileiro da Segurança Pública (FBSP), e G1 com base nos números da Secretaria de Defesa Social (SDS).
Levando em consideração a taxa por 100 mil habitantes, Pernambuco é o estado mais violento do Nordeste e o segundo do país. O Monitor da Violência divulgado neste mês de agosto, aponta que foram registrados 17,8 crimes violentos a cada 100 mil residentes no estado.
A taxa média do Brasil no mesmo período foi de 9,2. O único estado com um resultado proporcional maior foi o Amapá, com 19,9 crimes a cada 100 mil pessoas.
Embora o cenário seja alarmante, Pernambuco teve uma redução de 4,8% nos crimes violentos em relação ao primeiro semestre de 2022. A queda foi maior do que a média nacional, que registrou uma redução de 3,4%.
No resultado mês a mês, apenas fevereiro de 2023 teve mais crimes do que no mesmo período do ano anterior.
Em meio a essa realidade o governo de Raquel Lyra sofre uma baixa com a saída da titular da Secretaria de Defesa Social, Carla Patrícia, na quarta-feira, 30 de agosto, alegando questões exclusivamente pessoais. Quem assume interinamente o comando é o secretário executivo da pasta, Alexandre Luiz Rollo Alves.
Até o momento da publicação desta matéria, o Governo de Pernambuco não tinha anunciado quem vai assumir a secretaria de forma definitiva.
3° mais violento do Brasil
Pernambuco foi o terceiro estado com maior número absoluto de crimes violentos do Brasil no primeiro semestre de 2023, com 1.722 casos de homicídios (incluindo feminicídios), latrocínios (roubos seguidos de mortes) e lesões corporais que causaram mortes.
Apenas a Bahia e o Rio de Janeiro registraram mais crimes violentos que Pernambuco, com 2.515 ocorrências e 1.790 casos no primeiro semestre de 2023.
O resultado de Pernambuco de janeiro a junho deste ano é pior do que o de estados populosos como São Paulo, que teve 1.509 registros, e Minas Gerais, com 1.272
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