Se você apresentar uma rua com suas duas calçadas, de um lado o piso todo perfeito para o caminhante e, do outro, buracos, tocos de árvore e cacos de vidro, um petista certamente escolherá o dos cacos de vidro.
Cada um é responsável pelas topadas que toma na vida. O problema é quando outras pessoas dependem de você e precisam lhe acompanhar.
Na semana passada, o PT de Pernambuco disse que indicaria seu nome para o Senado na segunda-feira (11). Ficou pra terça-feira, que ficou pra quarta-feira. Quando todos achavam que estava resolvido, Teresa Leitão avisa que seu nome ainda estava no páreo.
Demora a resolver e, quando resolve, não resolveu.
E estamos falando de algo preliminar, já que o PSB não quer aceitar mais o PT no Senado (no fundo, nunca quis).
A “resolução” do PT criou um problema maior para o PT. Nos planos do PSB, os petistas ocuparão a vice. A indicação de Carlos Veras criou um problema. Veras não vai querer ir para a vice, só então o PT indicará Teresa Leitão?
Se for assim, a ideia é deixar com a mulher mais importante do PT local, hoje, um tipo de “sobra”, quando se poderia ter construído um cenário honroso e valorizado para que ela assumisse a vaga de vice lá atrás?
Estamos falando, é bom lembrar, de um ambiente em que duas mulheres lideram as pesquisas, Raquel e Marília. O PT construiu uma narrativa em que a única mulher no processo pode ficar lá apenas porque ninguém mais quis.
Não fica feio não?
Por Igor Maciel/JC
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