Nas eleições do ano de 2006 o então pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Eduardo Campos, não tinha muitas opções para compor sua chapa majoritária. O ex-ministro de Lula fez o que estava ao seu alcance, foi buscar para o Senado um correligionário e para vice alguém que pudesse representar o interior do estado. Valeu a pena para Campos e ele foi eleito governador no segundo turno, contando nessa fase da campanha com apoio de Humberto Costa e Armando Monteiro.
Já em 2010 Eduardo precisava de algo a mais além do bom desempenho de seu governo para ser reeleito, manteve o vice e convocou Humberto Costa do PT e Armando Monteiro do PTB para serem seus Senadores. Mais uma vez Eduardo Campos soube jogar e todos foram eleitos, inclusive Eduardo com expressiva votação. Já em 2014 o então governador e pré-candidato a Presidência da República, precisava administrar um grupo cheio de pré-candidatos ao Governo e Campos foi outra vez excepcional.
Em 2018 o governador Paulo Câmara se saiu muito bem em sua estreia como político, montou a chapa com sabedoria e mesmo com desgastes foi reeleito para o segundo mandato. Câmara atraiu pra sua base os antes adversários Humberto Costa do PT e Luciana Santos do PCdoB, os dois foram ainda convocados para composição de chapa com Paulo Câmara. A jogada de Paulo garantiu sua reeleição, de quebra salvou o mandato de Humberto e ainda fez de Luciana a primeira mulher a ser vice-governadora do Estado.
Danilo Cabral perdeu grande oportunidade de garantir que o PT de Lula lhe apoie, se estivesse com um petista em sua vice o voto teria que ser casado na nacional e estadual. Agora o eleitor de Lula em Pernambuco tem a opção de votar no PT para presidente e Senado, ainda de votar em Marília Arraes para governadora. Por essa razão Danilo já começou a corrida pelo Governo de Pernambuco perdendo uma grande chance, assim como o PSB é vice na nacional com Alckmin o PT deveria ser vice de Cabral.
Blog do Didi Galvão
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