O governador Paulo Câmara (PSB) é tratado por integrantes do próprio partido como terceira opção para o Ministério do governo Lula (PT). Futuro líder do partido na Câmara Federal, o deputado pernambucano Felipe Carreras (PSB) afirmou recentemente que a prioridade é Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo, se a sigla tiver direito a um ministério. Provavelmente será o ministério das Cidades.
Como o nome do PSB mais certo, hoje, para ocupar uma pasta em 2023, é o de Flávio Dino (PSB), ex-governador do Maranhão, entendeu-se que a estratégia é posicionar França como escolha socialista e jogar Dino para a “cota pessoal de Lula”.
O PSB ficaria com duas pastas, mas comprometido com só uma. É uma jogada conhecida em formações de governo. Todo partido quer fazer esse tipo de coisa para ter mais espaços sem usar o “pires” fazendo pedidos.
Os petistas, que são complicados, mas não nasceram ontem, rejeitam a possibilidade, porque sabem que ao aceitar Dino como “cota pessoal lulista” e França como indicação para um ministério, serão cobrados imediatamente, depois, por uma terceira pasta, já que partidos como o PSD, que nem estavam desde o início com Lula, devem ter duas pastas também.
É nesse ambiente que tem se dado a discussão entre as siglas: “O PSB até deu o vice” X “Vocês só fizeram 14 deputados”.
Essa terceira vaga, caso surja é a que seria de Paulo Câmara, atual governador de Pernambuco. Isso se não aparecer Marcelo Freixo (PSB), candidato derrotado no RJ, nessa equação.
Não se sabe o que passa na cabeça de Lula sobre Paulo, mas dentro do PSB ele é tratado claramente como terceira (ou quarta) opção, o que é curioso, porque ele foi a principal ponte entre os dois partidos no período pré-eleitoral.
Lula não tem aproximação com outros nomes do partido atualmente e, dizem, não suporta o presidente nacional, Carlos Siqueira (PSB).
Durante a campanha, houve um momento, inclusive, num evento com a presença de Lula, em que ele se dirigiu à primeira dama de Pernambuco, na frente de Paulo, e disse algo como: “nem pense que a missão dele acabou. Vou precisar dele em Brasília ainda após a eleição”.
Depois não se falou mais no assunto.
Já houve quem cogitasse indicar Paulo para a direção de algum banco, como o BNB ou o BNDES, mas uma fonte da coluna lembrou um empecilho para a proposta. É que instituições financeiras exigem uma quarentena como exigência para diretores que seriam difíceis para Câmara cumprir. O futuro do governador de Pernambuco segue incerto
Por Igor Maciel/JC
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