Não será sem ouvir os partidos que declararam apoio à sua candidatura, que a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB), vai montar a composição do seu secretariado. Ela espera nomear todos os secretários no dia 1º de janeiro de 2023, quando tomará posse, no entanto, seu posicionamento é de cautela com relação aos nomes.
No encontro com os prefeitos e prefeitas de Pernambuco, realizado nessa quarta-feira (7), Raquel Lyra conversou com a imprensa, e ao menos deixou claro que o tema esta sendo tratado junto com o processo de transição do governo, reforçando que ainda tem prazo para definir os quadros que irão fazer parte da sua gestão.
“Teremos que ter competências técnicas aliadas com a sensibilidade política. Se a gente for olhar a presidência da República, o presidente Lula também não anunciou o seu ministério. Nós temos tempo e precisamos usar esse tempo ao nosso favor”, afirmou a governadora eleita.
Para a ex-prefeita de Caruaru, é preciso, neste momento, definir a estruturação do novo governo para, em seguida, decidir sobre a ocupação dos espaços por pessoas que possam fazer as entregas segundo os compromissos assumidos durante a campanha.
“Nós vamos encaminhar para a Assembleia Legislativa, o projeto de lei que trata da nova estrutura do governo. Estamos discutindo nesse momento sobre como vamos dar visibilidade às secretarias de modo que possamos dar atenção necessária a temas que nos comprometemos com a nossa população”, declarou Raquel.
Diante desse posicionamento, o indicativo é de que boa parte dos nomes a serem escolhidos deverão ter perfil técnico, semelhante a composição oficializada em suas duas gestões à frente da Prefeitura de Caruaru. Por outro lado, Raquel já sinalizou que entende que o tamanho das administrações municipal e estadual são distintas e que vai ampliar as conversas com as forças políticas.
Entre os nomes cotados, está o do deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), que acabou não renovando o mandato na Câmara. O parlamentar, inclusive, esteve com Raquel Lyra e a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania) na reunião com os prefeitos e prefeitas do Estado.
Uma das pastas em que seu nome é ventilado seria justamente o da Casa Civil, que dentre suas funções, trata das demandas trazidas pelos gestores municipais.
Outro que também tem ganhado força é o do ex-candidato a governador Miguel Coelho (União Brasil), que declarou apoio a líder tucana no segundo turno das eleições. No entanto, o ex-prefeito de Petrolina tem dito em entrevistas recentes que têm pessoas muito mais “ansiosas e precipitadas do que a própria Raquel”, com relação ao anúncio do secretariado.
O empresário do trade turístico Frederico Loyo, que foi candidato a primeiro suplente de senador de Guilherme Coelho (PSDB), também é dado como certo para ocupar o primeiro escalão, podendo assumir a Secretaria de Turismo. O próprio Guilherme, que na condição de presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), esteve em Brasília para pedir ao governo federal a recriação do Ministério da Irrigação, também poderá compor o primeiro escalão. (JC Online)
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