Aproxima-se o início de um novo governo em Pernambuco, comandado pelas governadora e vice Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania), respectivamente. Em 1º de janeiro de 2023, ambas assumirão o Palácio do Campo das Princesas com o desafio e o compromisso de tornar as cidades do Estado mais “sustentáveis e resilientes”, como prometeram na proposta de governo escolhida pelos eleitores.
Para isso, os desafios não são poucos. No último ano do mandato do atual governador Paulo Câmara (PSB), o Estado enfrentou um de seus maiores desastres da história, com 133 pessoas mortas em decorrência de fortes chuvas – um fenômeno natural que vem sendo agravado nos últimos pela crise climática, somado à urbanização inadequada na Região Metropolitana do Recife e outros fatores.
O Estatuto da Cidade determina que os três níveis do executivo têm poder sobre as cidades: a União, o Estado e o município. Eles devem legislar em cooperação, “tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional”. Assim, ao governador, cabe aplicar legislação nacional, complementá-la territorialmente, e coordenar ações das cidades.
Confira, portanto, quais foram as promessas feitas pela chapa e que devem ser cobradas nos próximos quatro anos de governo.
Expandir e regularizar a oferta de água tratada para os domicílios e estabelecimentos comerciais de Pernambuco por meio da complementação, melhoria e ligação dos domicílios à rede geral de água, ampliação da rede de captação, tratamento e distribuição
Avançar com a universalização do Saneamento em Pernambuco, conforme determina o Novo Marco Legal do Saneamento por meio de investimentos públicos e parcerias com a iniciativa privada, garantindo o acesso à coleta e o tratamento do esgoto nas cidades
Apoiar as Prefeituras na expansão e melhoria dos sistemas de drenagem das cidades
a. Desenvolver o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais da Região Metropolitana do Recife, a fim de planejar e compatibilizar planos, projetos e investimentos públicos (estadual e municipais) no zoneamento urbano, na construção de infraestruturas e na adoção de serviços para a absorção, retenção e escoamento de águas pluviais, evitando ocorrências de enchentes e deslizamentos.
b. Concluir as obras inacabadas de drenagem e canais, a exemplo da Urbanização da Bacia do Fragoso, em Olinda.
Reduzir o déficit habitacional em Pernambuco promovendo um amplo esforço de construção e adaptação de habitações de interesse social e regularização fundiária, priorizando a população que vive em áreas de risco.
Prevenir a ocorrência de desastres decorrentes das chuvas, alagamentos e movimentações do solo nas cidades fortalecendo a Defesa Civil, o Controle Urbano e o monitoramento permanente das áreas de risco, bem como realizando intervenções urbanísticas para a proteção permanente de encostas e a recuperação das margens de rios, canais e córrego.
Promover a qualidade e a sustentabilidade da mobilidade urbana e dos serviços de transporte público em todo o estado de Pernambuco e fomentar a mobilidade ativa, acessível e sustentável nas cidades, apoiando a elaboração de Planos de Mobilidade Urbana pelos municípios. Ainda, realizar uma campanha permanente de conscientização para prevenir acidentes e mortes do trânsito
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