Procura-se em Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, um termo que possa adjetivar/justificar a inusitada iniciativa do prefeito do município, Marcones Libório de Sá (PSB) no exercício do terceiro mandato, de barrar o início da execução do projeto físico (definitivo) do Campus da Univasf no município, numa pendenga desgastante que prejudica a população local e dos municípios vizinhos que integram o Sertão Central.

Semana passada, o prefeito mandou  auxiliares até o terreno doado à Univasf pelo município (outra novela mexicana que só atrapalha o desenvolvimento de Salgueiro) para proibir que a empresa contratada pelo governo federal  iniciasse os trabalhos (cercamento do canteiro de obras) visando, enfim, que o projeto físico fosse finalmente “tirado do papel”. Ora, o projeto  de implantação do Campus Salgueiro vem de 2017, na gestão do então ministro da Educação, Mendonça Filho.

O gesto do prefeito teve uma péssima repercussão porque Marcones de Sá já havia colocado o “pé no freio” do projeto no momento que a Univasf esperava que a doação do terreno pelo ex-prefeito Clebel Cordeiro fosse autorizado, tendo em vista que a primeira doação “caducou”.

O fato é que a oposição e os meios de comunicação locais e regionais tiveram “um  prato cheio” durante  a semana para comentar o caso, principalmente na Câmara Municipal de Vereadores onde a oposição é majoritária e ganha corpo para pavimentar a corrida sucessória visando o pleito municipal de 2024 que parece ficar mais difícil para a sucessão do atual prefeito que no mês passado inaugurou uma quadra poliesportiva no sítio Feijão, cujo projeto foi iniciado por ele há longos dez anos.

Além do atraso de duas décadas, o projeto que custaria ao governo federal R$ 421 mil, recebeu mais uma injeção de R$ 733 mil, sem falar no que foi gasto na gestão de Clebel Cordeiro, que não fixou a placa exigida em obras públicas. Apesar de ter sido inaugurada com festa, a “nova” quadra não conta com uma placa inaugural nem com energia elétrica

Blog Folha do Sertão